Dangerous Complicity EDP - Etat Libre d'Orange

Perigosa Cumplicidade do Estado Livre de Orange: um jogo de desejo, pele e tentação

Família Olfactiva: Floral Âmbar

Notas de topo: Rhum Pure Jungle Essence™, Ginger Pure Jungle Essence™, Coconut Jungle Essence™

Notas de coração: Osmanthus absoluto, Jasmim absoluto, Ylang Ylang HE

Notas de base: Lorenox™, Patchouli HE, Sândalo

Perfumista: Victorien Sirot

Ano de lançamento: 2012

Dangerous Complicity de Etat Libre d’Orange é uma fragrância que sussurra ao ouvido do desejo, deslizando como uma carícia perigosa entre sombras de sedução e promessas proibidas. Não é um perfume qualquer, é um sussurro íntimo entre peles, um segredo partilhado entre amantes que nunca se deveriam ter cruzado, mas não puderam evitar. É a história de uma atração fatal, encapsulada num recipiente que bate com a intensidade de um coração acelerado.

Desde o primeiro momento, a saída agarra-nos sem pedir autorização. Rhum Pure Jungle Essence™ irrompe como uma onda inebriante, quente e ousada, a arder com o picante vivo do gengibre. Esta combinação viciante e afrodisíaca é matizada pelo coco, que, longe de ser inocente, proporciona um tom tropical e sensual, como uma pele bronzeada e salgada depois de uma noite de excessos. É um tapa olfativo vestido de veludo.

O coração é um jardim proibido, um Éden onde as flores não cheiram a pureza, mas a carne e a desejo. Osmanthus, com as suas facetas frutadas de alperce e chá, funde-se num couro macio, quase tátil, lembrando uma luva de pelica a acariciar a pele. O absoluto de jasmim, branco e animal, mal esconde o seu lado selvagem, enquanto o ylang-ylang, com a sua volúpia tropical, evoca a humidade da pele desejada, pronta a ser descoberta centímetro a centímetro.

E quando o coração se rende, chega o momento da verdade. As notas de fundo desdobram-se com uma elegância indomável. Lorenox™, uma madeira moderna e misteriosa, acaricia a alma com o seu brilho animal. O patchuli profundo e terroso HE entrelaça-se com o sândalo quente e cremoso, deixando um aroma duradouro. Aqui não há jogo, apenas rendição. O perfume funde-se na pele e passa a fazer parte dela, uma tatuagem invisível de desejo.

Esta fragrância não é unissexo, é duosex. Não é nem masculino nem feminino, mas ambos ao mesmo tempo, numa dança de papéis que se trocam sem preconceitos. É um vaivém de poder e submissão, um jogo olfactivo de dominação e entrega onde ninguém ganha e todos perdem... a cabeça. Um blusão de cabedal de bad boy, esquecido sobre um vestido empoado de uma mulher fatal: isto é Cumplicidade Perigosa.

Imagine o rasto deixado por uma carícia roubada na escuridão, o calor deixado por um toque não autorizado, a memória sensorial de um beijo que não deveria ter acontecido. É isso que esta fragrância encapsula. Não é um perfume para todos. É para aqueles que ousam, para aqueles que andam na corda bamba entre o que é certo e o que é inevitável.